Os moradores de Socorro, Piteiras e Tabuleiro, zona rural de Barão Cocais, acordaram com as sirenes acionadas durante a madrugada desta sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019. A Mineradora Vale deu início ao nível 1 do seu plano de emergência por volta das 2h da madrugada, após uma empresa de consultoria ter negado a Declaração de Condição de Estabilidade da barragem na Mina Congo Soco.

Segundo informações, depois de acionar as sirenes, cerca de 1h30min depois, a Vale enviou ônibus e vans para as comunidades. Cerca de 500 pessoas foram levadas para um poliesportivo no Centro de Barão de Cocais. Funcionários da Vale fizeram o cadastramento das famílias que foram hospedadas em hotéis da região.
“Nós entramos em pânico, foi muito difícil a gente sair, carregamos uma mulher acamada, andamos pelo matagal em busca de um ponto mais alto, esperamos uma solução agora, sempre moramos lá e agora estamos com sentimento de medo”, disse Maria das Dores, moradora da localidade de Piteiras.

As autoridades foram avisadas que o plano de emergência havia sido acionado. Policiais militares bloquearam todos os acessos às comunidades em risco. O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) enviou equipes para a cidade. A Defesa Civil do Estado de Minas Gerais, ligada diretamente ao Gabinete Militar do Governador, também foi para Barão de Cocais.
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Em conversa com o vereador Leonei Pires, o parlamentar afirmou que acordou às 2h da madrugada, ao receber ligações de várias pessoas que, preocupadas, buscavam informações sobre a situação. “Quando procurei notícias, ao chegar no quartel, as autoridades já estavam reunidas, na sede do grupo de resgate voluntário. Todos os socorristas estavam de prontidão. O prefeito já havia reunido com os funcionários da Defesa Civil do munícipio e as pessoas estavam sendo levadas para o poliesportivo”, afirmou Leonei Pires.

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